quarta-feira, 20 de abril de 2011

  
Ana tinha dez anos quando percebeu ter uma melhor a amiga, a solidão. Brincava sozinha, ria sozinha, tomava banho de piscina sozinha e dessa forma os anos correram na imensidão do tempo, até ela fazer dezoito.  Graças a sua inteligência e indiscrição ou não sei qual fator fantástico ela tinha uma aparência normal, apenas de uma menina tímida. Ela se comunicava raramente, quando preciso, mas tinha uma ótima oratória. Certa vez ela chega em casa e o pior acontece o seu melhor amigo, seu pai havia morrido, sua solidão aumenta. Habitavam agora aquela casinha pequena e confortável, apenas ela e sua mãe amorosa, mas sempre quieta e pensativa. Bem o fantástico foi que com a morte dele ela deu o primeiro abraço em sua mãe, e a primeira conversa com seus colegas e assim sua vida social progrediu, ela se tornou popular e conheceu um garoto e com ele namorou. No ápice da paixão, com os pensamentos de um futuro casamento, e sonhos de uma futura noiva, encontra ele com outra. É, é triste ter de abaixar a cabeça para facilitar a queda das lágrimas, e fechar os olhos pra não ver o que inconveniente, sustentar os passos no corpo oco, pois é, Ana se fechou e voltou a se calar, a solidão voltou a ser sua melhor amiga, sua mãe vendo o retrocesso da filha voltou a ser só mais alguém na casa, e as portas se fecharam novamente, nem os cômodos nem as pessoas que ali estavam tinham relações. Mas sabe qual o mágico de tudo é que Ana voltou a ser feliz de novo, não estava mais se vendo obrigada a dar bom dia de manhã nem beijos de boa noite, ela estava livre para pensar a hora que quisesse, viver como quisesse, pois voltou a ser alguém apagada, só mas feliz. É meus caros a solidão as vezes é motivo de felicidade para alguns....